Prusias I Cholos (“o Coxo”) sucedeu seu pai, Ziaelas, no trono da Bitínia. Formou uma aliança com o Reino da Macedônia casando-se com a filha do Rei Demétrio II, Apama IV, tornando-se assim cunhado do futuro Rei Filipe V. O início de seu reinado foi difícil, mas logrou êxito em manter e expandir a Bitínia. Abaixo, moeda com a efígie de Prusias I.
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Prusias lutou contra Bizâncio (220 a.C.) em socorro aos Rodianos tendo em vista estender sua influência sobre o Estreito do Bósforo. Os Bizantinos, empobrecidos pelos tributos pagos aos gálatas que os assediavam, passam a cobrar impostos caros pela passagem do Mar Egeu para o Ponto Euxino (Mar Negro). Insatisfeitos com esses impostos excessivos, os Rodianos, grandes navegadorese comerciantes, decidiram declarar guerra contra os bizantinos. Prusias se aliança com Rodes durante esta guerra e Bizâncio pede ajuda Átalo I de Pérgamo e a Aqueu, militar grego que domina grande região na Ásia. Eles iniciam um movimento para estabelecer o tio de Prusias, Tiboetes, que vivia na Macedônia, como rei da Bitínia. Apesar disso, e embora Átalo e Aqueu fossem grandes guerreiros, Prusias seguiu com a guerra tomando possessões dos bizantinos na Ásia. Enquanto isso, Tiboetes morreu inesperadamente. Por fim, através de negociações mediadas por Cauaros, rei dos gauleses da Trácia, houve paz entre a Bitínia, Rodes e Bizâncio que não mais cobraria pedágios e a Bitínia devolveu a Bizâncio suas posses na Ásia. Abaixo, o reino da Bitínia.
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Prusias é mencionado entre aqueles que em 217 a.C. enviaram socorro a Rodes que sofreu um terremoto. Em 216 Prusias derrota os mercenários gauleses trazidos por Átalo I para deter o avanço do domínio de Aqueu e que causavam grande terror na Ásia. Prusias e Àtalo disputavam a hegemonia sobre a Anatólia. Na Guerra Cretense (205 -200 a.C.) que opuseram o Rei Filipe V da Macedônia e seus aliados a Rodes e seus aliados, Prusias lutou por Filipe uma série de guerras contra Átalo I de Pérgamo, aliado de Rodes. Abaixo, os reinos da Macedônia, Pérgamo e adjacências ao término da Guerra Cretense.
Filipe provocou Rodes, ao capturar e massacrar as populações de Quíos e Mirleia, cidades gregas da costa do mar de Mármara. Filipe entregou ambas as cidades a seu cunhado, Prusias I, quem as reconstruiu, repovoou com bitínios e renomeou como Prusa (
Prusias Talassa, “Prusias Marítima”) e Apamea Mirleia em honra a si mesmo e a sua esposa. Em troca destas cidades, Prusias prometeu que continuaria expandindo seu reino às expensas dos territórios de Pérgamo, inimigo de Filipe V (sua última guerra contra os pergamenos tinha se finalizado em 205 a. C.).
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Cidade de Bursa na Turquia: a antiga Prusa |
Os romanos intervieram na guerra e mais uma vez lutaram contra Filipe V na segunda Guerra Macedônica ( 200-196 a.C. ). Após a batalha de Cinocéfalos em 197 a. C., Filipe, derrotado pelos romanos, teve que abandonar suas pretensões de domínio sobre as cidades gregas da Europa e da Ásia. Os romanos assentiram na posse das cidades que Filipe havia concedido na Ásia a Prusias, o qual abandonou a Frígia em virtude de um acordo com Pérgamo.
Abaixo, os reinos da Ásia Menor e adjacências na época de Prusias em 188 a.C.
Em 190 a.C. toma posse das cidades de Cieros (a quem também deu nome de Prusias), Tieios e outras dependências de Heraclea Pôntica e depois dessas cidades, ele submeteu a própria Heracleia a um cerco severo, e matou muitos daqueles que foram sitiados. A cidade esteve perto de ser capturada, mas subindo uma escada de mão Prusias foi abatido por uma pedra que foi lançada das ameias. Ele quebrou a sua perna, e por causa deste dano o cerco foi levantado. Prusias foi levado pelos bitínios em uma liteira, não sem dificuldade. Por causa desse acidente, Prusias foi apelidado em grego de
cholos, "o coxo".
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Cidade turca de Karadeniz Eregli onde
outrora ficava Heraclea Pôntica |
Em 195 a. C., o general cartaginês Aníbal, o grande inimigo de Roma, chegou, fugido de Cartago, a corte de Antíoco III da Síria. Com a vitória romana na batalha de Magnésia junto ao rio Sípilo em 189 a. C., Antíoco, que devia entregá-lo aos romanos como parte das condições da Paz de Sardes, o deixa fugir, e Aníbal refugia-se no reino bitínio. Abaixo, moeda com as efígies de Prusias e Aníbal.
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O Senado romano obrigou Prusias a entregar a Frígia Helespôntica ao rei Eumenes II de Pérgamo, o que provocou uma guerra entre Bitínia e Pérgamo (186-183 a.C.), que terminou com a retirada de Aníbal, comandante da frota bitínia, apesar de sua grande campanha, e com a entrega acordada da Frígia Helespôntica por Prusias a Pérgamo. O cônsul romano Quíncio Flaminino foi enviado a corte de Prusias com instruções precisas para que o rei bitínio entregasse Aníbal à Roma; Prusias não teria como resistir ao poderio militar romano e assentiu com essa exigência; Aníbal, antecipando-se, se suicida por envenenamento.
Prusias manteve seu reino independente e ao atingir 46 anos de reinado morreu (182) sendo sucedido por seu filho Prusias II.
FONTE: Wikipédia, versão em inglês e espanhol.
Dictionary of Greek and Roman Geography por William Smith. Disponível em:
http://books.google.com.br
Enciclopedia moderna: Diccionario Universal de Literatura, Ciencias, Artes, Agricultura, Industria y Comercio por Francisco de Paula Mellado. Disponível em:
http://books.google.com.br