quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

PRUSIAS II (182 – 149 a.C.)

Sucedeu a seu pai Prusias I. Por sua paixão pela caça foi apodado em grego de kynegós (caçador).


No início de seu reinado combateu vitoriosamente as incursões gálatas, pelo que os etólios lhe dedicaram uma monumento (o Pilar de Prúsias, imagem abaixo) em Delfos celebrando sua vitória. Se aliou brevemente a Eumenes II de Pérgamo e Ariarates IV da Capadócia para combater a Farnaces I do Ponto (181-179), após o que retomou a tradicional hostilidade bitínia contra Pérgamo. Manteve a aliança tradicional da Bitínia com a Macedônia casando-se com Apamea, irmã do Rei Perseu. Quando estourou a Terceira Guerra Macedôncia (171 -168) que opôs Perseu aos Romanos, Prusias manteve inicialmente neutralidade. Em 169, contudo, ele enviou uma embaixada a Roma em favor de Perseu tentando convencer o Senado a conceder paz a seu cunhado em termos favoráveis a este. Sua intervenção, contudo, foi rejeitada, e optou no ano seguinte ficar do lado dos Romanos. Prusias procurou evitar qualquer ofensa que ele poderia ter causado aos romanos por este passo precipitado, por meio de lisonjas abjetas e sórdidas. Ele recebeu os deputados romanos que foram enviados a sua corte em Nicomédia em trajes característicos de um liberto (escravo emancipado). Em 167, ele mesmo viajou a Roma, onde ele procurou conseguir o favor do Senado por atos semelhantes da adulação escrava. Tal caracterização aviltante para um rei era mais assinalada pelo fato de Prusias II fazer-se acompanhado nas cunhagens de suas moedas da figura de um deus grego, em especial Zeus, que lhe conferiam alta dignidade e favorecimento divino. Com esta humilhação, ele desarmou as suspeitas dos Romanos e obteve uma renovação da aliança entre ele e a República, acompanhada até com uma expansão de seu território. Apesar disso, a atitude subserviente de Prusias, foi mal vista pelo historiador romano Políbio. Abaixo moeda de Prusias com a efígie da deusa grega Atena.

Nesse época envia embaixadores a Roma para queixar-se de Eumenes II de Pérgamo, mas sem resultados. No entanto, move guerra contra o sucessor de Eumenes, Átalo II. Em 156 Prusias derrota Átalo em uma grande batalha e chega a assediar Pérgamo sem, no entanto, tomá-la. Átalo se queixa a Roma que intervém mandando Prusias cessar os ataques o que ele inicialmente atende retomando-os e cercando Pérgamo novamente. Uma nova embaixada pergamena é enviada a Roma que mais uma vez intervém pressionando a Prusias a retirar-se, abandonar os territórios conquistados e ainda pagar indenizações a Pérgamo. Obrigado a permanecer “tranquilo” em seus territórios, Prusias desconta suas humilhações e frustrações em seus próprios súditos com seus vícios e crueldades angariando grande impopularidade. 
O Lago Sapanca em território turco
que outrora fez parte da Bitínia
Os bitínios passam a favorecer o filho de Prusias, Nicomedes. Procurando mantê-lo longe do país e afastá-lo da sucessão real em preferência aos filhos de seu segundo matrimônio, Prusias o envia a Roma posteriormente encarregando seu embaixador Menas de assassiná-lo. Vendo Menas que o Senado romano tinha Nicomedes em alta consideração desobedece ao seu senhor aliando-se ao embaixador de Átalo II, Andrônico, em uma conspiração para estabelecer Nicomedes como rei da Bitínia. Quando do retorno de Nicomedes à Bitínia, apoiado por Pérgamo e secretamente por Roma, este vai fazer guerra ao pai, que está enfraquecido pelo desfavor de seus súditos. Os próprios habitantes de Nicomédia, a capital da Bitínia, abrem a porta para os invasores. Prusias se refugia no templo de Zeus onde é capturado e lapidado. Abaixo, moeda com a efíge de Prusias II. No anverso, imagem do deus Zeus entregando-o o centro e águia, símbolos de realeza e domínio. Apesar de ter se refugiado no templo de seu deus protetor, isto não foi suficiente para livrá-lo de ser assassinado.

 Seu filho o sucedeu como Nicomedes II Epífanes.

FONTE: Wikipédia, versão em catalão, inglês e espanhol.Dictionary of Greek and Roman Geography por William Smith. Disponível em:http://books.google.com.br
Enciclopedia moderna: Diccionario Universal de Literatura, Ciencias, Artes, Agricultura, Industria y Comercio por Francisco de Paula Mellado. Disponível em:http://books.google.com.br

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